domingo, 24 de outubro de 2010

ô zina

Vendo a conferência do Ronaldo na webcam, perguntaram a ele pelo Zina (o papagaio que repetia "Ronaldo" incessantemente), e ele disse não saber, achava que ainda estava preso, e que o cara precisava "tratar sua doença".

Esse sujeito, o Zina, é um exemplo clássico, 2 em 1, de como as pessoas podem ser usadas e abusadas até o último fio de cabelo pelos meios de comunicação, e quando já não interessam mais, simplesmente caem no total ostracismo, são descartadas, como lixo. Zina serve como exemplo também, de como nossa legislação sobre drogas está totalmente falida e ultrapassada.

Alguns podem argumentar "mas ele foi preso por posse de arma, com numeração raspada", sim, ok, mas antes disso, ele foi preso por posse de drogas. Foi liberado, ao invés de passar por tratamento, e continuou na mídia. Ora, como previsto, foi preso novamente, e como reincidente, e com um crime mais grave, ficou preso, e como previsto novamente, sumiu dos holofotes. E a mídia perdeu uma ótima oportunidade de discutir sobre as drogas, e sobre sua legislação.

Sinceramente, tenho pena desse sujeito, tinha problemas mentais, foi elevado à celebridade instantânea e sucumbiu ao vício. Ao invés de passar por tratamento, tanto psiquiátrico, quanto químico, está preso, com estupradores, homicidas e afins.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

o cão, o gato e o ser humano

Estava eu a refletir sobre qual animal deveria criar e deverei continuar criando apenas a mim mesmo, o que já me dá muito trabalho.
Ora, as duas opções mais viáveis, o cão e o gato são seres humanos aprisionados em corpo de bicho, provavelmente pelo fato de terem sido domesticados por nós, acabaram captando muitas de nossas características.

Se por um lado o cão é inteligente, desenvolve sua agressividade ou polidez conforme seu meio, pelo outro lado, ele é extremamente carente e dependente do seu dono.

Já o felino, é muito mais independente e autônomo, no entanto, paira sobre ele aquela fama de egoísta e interesseiro.

Concluo assim, que o animal perfeito para mim seria esse:

domingo, 26 de setembro de 2010

Saramago e as privatizações

"Privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu, privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e a lei, privatize-se a nuvem que passa, privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno e de olhos abertos. E finalmente, para florão e remate de tanto privatizar, privatizem-se os Estados, entregue-se por uma vez a exploração deles a empresas privadas, mediante concurso internacional. Aí se encontra a salvação do mundo... e, já agora, privatize-se também a puta que os pariu a todos."

José Saramago - Cadernos de Lanzarote - Diário III - pag. 148

sábado, 18 de setembro de 2010

teoria para uma vida limpeza do sesé

Meu amigo sesé diz que pensar positivo, atrai bons fluídos.
Eu argumentei que para mim, eram probabilidades.
Mas disse a ele que iria experimentar.
Vamos ver se pensar positivamente supera a tensão que precede um erro.

domingo, 5 de setembro de 2010

O paradoxo das grandes cidades

A tal da cidade grande é algo curioso.
Cada vez mais, há menos sinais de natureza.
Árvores dão lugar ao concreto e ao aço.
Poucos animais. Silvestres? Nem pensar.

No entanto, seguindo um fluxo contrário desse suposto "progresso", o bicho homem vem mostrando sua faceta animalesca. Bicho este, selvagem e cada vez menos racional.

Desenvolvimento científico e tecnológico toma um rumo contrário do desenvolvimento das faculdades humanas. Lamentável.
Contradição, a gente vê por aqui.

buzão da alegria

83 - Sejam bem vindos. Jesus te ama.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

amor e burocracia

Entendo que, o namoro, e mais ainda o casamento, nada mais é do que a burocratização do sentimento, que por vezes nem é amor, uma vez que as pessoas insistem em confundir-lo com uma mera paixonite aguda.

Pensei no termo "oficialização" ao invés de "burocratização", mas o sentimento é oficializado na medida em que passa a existir e é posto em prática. E que amor pobre seria esse, se precisasse de um mero status para ser legitimado.

Ao meu ver, quando a pessoa é livre para amar, ela encara o sentimento como uma "diversão", um "hobby", ela exercita o sentimento porque gosta. Quando namora ou casa, a pessoa passa a encarar o sentimento como um "trabalho", ela exercita seu sentimento porque vive envolto num relacionamento que cobra esse exercício. E convenhamos, fazer as coisas por diversão, é muito melhor do que por obrigação.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

crack

Perambulando entre os carros, enquanto o sinal permanece no vermelho. No vermelho, assim como sua vida. Com a mão estendida, mendigando alguns trocados para sustentar seu vício amarelado. Antes fosse verde. O boné de branco, passou a preto de tão sujo. Assim como suas roupas, imundas e rasgadas. A barba imensa e os chinelos gastos viram meros detalhes. O contorno dos ossos marcados na pele são um presságio de mais uma tragédia.

Mas as pessoas preferem fechar os olhos, assim como fazem com os vidros de seus carros.
Maldito crack.

sábado, 10 de julho de 2010

Copa 2014

Pra começar, priorizar uma Copa do Mundo, num país como o Brasil, entendo se tratar de um pensamento egoísta e elitista, ou no mínimo, ingênuo.

Ingenuidade pensar que essa copa não será uma das maiores "farra do boi" da história desse país impregnado pela corrupção. Egoísmo pois, para muitos, os fins justificarão os meios.

Os pomposos gozam de "privilégios" como escola particular e plano de saúde, logo, foda-se o país precisar de um sistema de educação e saúde públicos de qualidade.
Coloquei "privilégios" entre aspas, pois nossa carga tributária é grande, e mesmo assim, quem quer ter saúde e educação de qualidade, tem que desembolsar mais uma grande quantia, ou seja, paga imposto dobrado. E pagar imposto dobrado para ter algo de qualidade, quando você devia ter "de graça" é, no mínimo, estranho.

Ingenuidade pensar que uma copa do mundo irá corrigir todas essas mazelas estruturais. Nunca ouvi falar que nas exigências da FIFA constavam melhorias no sistema de saúde, no sistema educacional e em infra estrutura como saneamento básico, por exemplo.

Daria para eu escrever mais umas mil linhas que justificassem minha posição, mas esse assunto me irrita. Então, tchau.

domingo, 27 de junho de 2010

Ah, a educação... pt 2.

Lidar com gente, repito, não há nada mais doido do que isso. E se for tentar compreender o que se passa na cabeça das pessoas, como eu faço, fica mais doido ainda. Mas isso é bom, aumenta o desafio.

As vezes analiso tanto os outros, que me coloco em segundo plano. Quando aluno, nunca fui de gostar de coordenadores, e hoje estou do outro lado. No entanto, preciso relembrar a mim mesmo que não estou reproduzindo o que vi enquanto discente.

Busco diariamente o tão sonhado "diálogo", que tantas vezes li nos textos da Universidade, mas que na prática de muitos educadores, fica só nos textos e nas teorias acadêmicas. Além do diálogo, outra meta é conseguir uma relação mais próxima possível da amizade, uma vez que ela é conseqüência da identificação, no mais singelo aspecto, entre os sujeitos. A amizade gera um respeito sem ser imposto, natural, por isso é tão importante.

As vezes paro e reflito sobre minhas práticas, e penso se estou obtendo êxito. Nessa hora sou muito duro comigo mesmo. Mas no momento que vejo a satisfação no rosto de alguns só em me ver, quando me procuram para apenas conversar feito amigos, ou buscam meu ombro para chorarem suas frustrações... isso me faz crer que estou conseguindo, sim, alcançar algumas metas.

Trabalhar na educação é isso: temos que matar um leão por dia, mas a recompensa muitas vezes vale cada felino abatido.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Humor Negro?

Dia desses, estava eu sem nada para fazer durante a madrugada, então decidi olhar umas comunidades atrás de algo engraçado ou interessante. Como os nerds passam a madrugada (na verdade, o dia todo) na internet, a comunidade Humor Negro estava bem movimentada. Seguro o control e saio abrindo quase todos os tópicos. Vou olhando um por um e poucos tópicos são engraçados, até que acho um tópico entitulado de "Jesus". O tópico era recheado de imagens, algumas eu apenas ria, outras eu ria e salvava as imagens, até que... começou uma enorme discussão na comunidade! Os bastardos ficaram indignados com o teor das piadas! Achei aquilo o retrato fiel desse tipo de gente: ficam indignados com piadas contra suas mitologias, mas não se comovem de forma alguma com a desgraça alheia. Nenhum deles se sente minimamente incomodado, pelo contrário, até riem das piadas extremamente comuns na comunidade, entre elas, racismo, fome na áfrica, tragédias naturais e desgraça alheia. Humor negro é bacana mas quando não é conosco, é isso? Essa gente é realmente MUITO estranha.