domingo, 27 de junho de 2010

Ah, a educação... pt 2.

Lidar com gente, repito, não há nada mais doido do que isso. E se for tentar compreender o que se passa na cabeça das pessoas, como eu faço, fica mais doido ainda. Mas isso é bom, aumenta o desafio.

As vezes analiso tanto os outros, que me coloco em segundo plano. Quando aluno, nunca fui de gostar de coordenadores, e hoje estou do outro lado. No entanto, preciso relembrar a mim mesmo que não estou reproduzindo o que vi enquanto discente.

Busco diariamente o tão sonhado "diálogo", que tantas vezes li nos textos da Universidade, mas que na prática de muitos educadores, fica só nos textos e nas teorias acadêmicas. Além do diálogo, outra meta é conseguir uma relação mais próxima possível da amizade, uma vez que ela é conseqüência da identificação, no mais singelo aspecto, entre os sujeitos. A amizade gera um respeito sem ser imposto, natural, por isso é tão importante.

As vezes paro e reflito sobre minhas práticas, e penso se estou obtendo êxito. Nessa hora sou muito duro comigo mesmo. Mas no momento que vejo a satisfação no rosto de alguns só em me ver, quando me procuram para apenas conversar feito amigos, ou buscam meu ombro para chorarem suas frustrações... isso me faz crer que estou conseguindo, sim, alcançar algumas metas.

Trabalhar na educação é isso: temos que matar um leão por dia, mas a recompensa muitas vezes vale cada felino abatido.