segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Quanta dor...

Dia desses encontrei minhas muletas guardadas, e pensei "espero nunca mais precisar delas..."

Sábado, antes de ontem, meu primo e nosso amigo chamado Raphael, vulgo Goku, me chamaram pra dar um rolé e trocar umas idéias. Conversamos sobre várias coisas, entre elas, sobre o sofrimento que passamos, por causa de nossas lesões no joelho. Sempre que tocávamos no assunto, mandávamos um "espero nunca mais passar por isso". Sendo que...

Domingo chovia, e eu gosto de jogar na chuva. Eu, meu primo, e mais três amigos fomos jogar, e tudo parecia propício para tal. Me sentia bem, a grama sintética estava nova, o time era composto só por amigos, mas as coisas não correram tão bem quanto o esperado. Toquei na bola umas três vezes, dividi a bola em outra ocasião mas, não era passado nem cinco minutos de jogo, uma bola sobrou para mim, eu ouvi apenas um "chuta!". Preparei o chute e um pé escorregou, senti um estalo e uma dor fina, e quando cai no chão, já sabia que eu estava mal. Agonizei de dor, chorei, e me desesperei ao lembrar do que já tinha passado, e provavelmente passarei novamente.

Sai do jogo, chorei mais, tanto de dor quanto por desespero, liguei pra Goku, que ficou incrédulo com o ocorrido, e desde então não consigo pensar em outra coisa: tudo que vou ter que passar novamente. Minhas muletas, companheiras, já estão ao meu lado.

Hoje já fui ao médico, que tratou de não me iludir, e disse que "a coisa tá feia", e que "provavelmente teremos que operar". Melhor assim, sem ilusões, apesar que eu sei que ainda tenho muito mais a chorar, e a lamentar.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

dinheiro, dinheiro e dinheiro.

"Dinheiro? Quero sim, se essa é a pergunta, mas dona Ana fez de mim um homem, e não uma puta".

Com as palavras do Mano Brown, começo a falar sobre o que venho pensando ultimamente.

Vivemos numa sociedade capitalista, cujo dinheiro além de deter um dos papéis principais, se configura como uma espécie de legitimador de poder, e para alguns, como uma perspectiva de alcançar a felicidade plena, como se isso existisse.

De forma até inocente, eu ainda fico perplexo com a relação que as pessoas nutrem com aquele valioso pedacinho de papel. Colocam o dinheiro à frente de tudo, e para obterem uma série de pedacinhos valiosos de papel, passam por cima de vários princípios, sem qualquer remorso.

Jovens que cantavam "papai noel, filho da puta, rejeita os miseráveis... eu quero matá-lo, aquele porco capitalista..." cresceram e hoje só pensam em ganhar dinheiro, para gastá-lo com coisas fúteis. Pessoas pacatas, ao se misturarem com a futilidade burguesa, incorporam seus valores vazios, por aí vai.

Dia desses, um colega da minha mãe, que é médico, após passar a noite contando vantagem, convidou eu e as demais pessoas (que em sua maioria, assim como eu, não o conhecia) para conhecer a boate que ele construiu em sua casa. Imediatamente pensei como a vida desse sujeito deve ser vazia, carente de amizades verdadeiras, para ele chegar ao ponto de chamar desconhecidos para contemplarem sua riqueza material.

Como iniciei esse texto, dinheiro todo mundo quer, até por uma questão de sobrevivência, mas calma lá, não vamos transformar o pedacinho de papel em obsessão.

P.s. - apenas uma tirinha (via malvados.com.br ) para ilustrar: