quinta-feira, 26 de maio de 2011

mudanças

Devo confessar que estava pessimista (ou realista, sei lá) em relação à minha cidade. No entanto, mudanças políticas são lentas. Nunca vi o povo de Natal tão revoltado com o nosso cenário político (que ele ajudou a eleger, no 1º turno, diga-se de passagem) como agora. Nunca vi o povo falar tanto sobre política, muitos até olham o Diário Oficial.
Nunca vi as pessoas acompanharem, tão de perto, o que rola na Câmara Municipal. E agora, a coisa entrou em erupção de vez, e espero que não seja um lapso de lucidez, um fato isolado. Acho que se a prefeita cair, podemos acreditar que podemos mais, e os próximos alvos são as grandes oligarquias.
O povo parece ter ficado farto não só de Micarla.
Espero participar, nas ruas, da queda de um Agripino da vida.
A mentalidade também tem que mudar.

Em tempo: Devemos exautar o papel das democráticas (apesar da ainda grande exclusão digital) redes sociais nesses processos democráticos. Twitter e Facebook foram primordiais.
NÃO PRECISAMOS DA VELHA MÍDIA COMPRADA!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

ah, o povo...

Inicio esse texto com uma citação de Paulo Freire: "o povo deixou de ser massa, politizou-se".
E foi o que eu vi hoje, dia 25 de maio de 2011.
Pode ter sido um lapso de lucidez, um ato isolado, mas cansamos de tomar tapa na cara e não fazer nada.
Hoje, mais de 2000 pessoas foram às ruas de Natal pedir a cabeça da prefeita patética, corrupta e incompetente. Apesar da mídia comprada por propagandas da mesma prefeitura, dizer que haviam entre 200 e 500 pessoas.
O evento de hoje, reacendeu um pouco da esperança que eu tinha em relação às pessoas de minha cidade, que quase se apagou após essa prefeita e a medíocre governadora conseguirem ser eleitas no primeiro turno.

Comentei com meu amigo João sobre o protesto, e ele disse: "vocês querem Paulinho Freire (vice prefeito) como prefeito?" De fato, esses 4 anos podem ser jogados no lixo, servindo apenas como aprendizado, mas considero que o que houve hoje foi de extrema importância, pois mostramos que somos capazes de nos mobilizarmos em prol de algo sério. Talvez alguns políticos passem a pensar 2x, antes de cuspirem em nossos rostos. A noite de hoje ficará para sempre marcada.

Além da mobilização em si, destaco também:
1 - O fato do pessoal não ter dado entrevista para a mídia comprada por propagandas da prefeitura. Infelizmente os meios de comunicação do RN estão nas mãos dos políticos, consequentemente, não atendem nossas necessidades. Eles jogam contra nós.
2- Foi muito bom ver, até POLICIAIS, e pessoas presas no engarrafamento, nos aplaudirem.
3 - Fora uma faixa do PT, não haviam bandeiras partidárias, foi um movimento político do povo mesmo. Haviam crianças, deficientes físicos, brancos, negros, playboys, punks... enfim, diversidades que constituem o povo.

Vou dormir em ecstasy.

domingo, 22 de maio de 2011

ah, a mídia...

Apesar da crescente democratização dos meios de comunicação, vista de forma intensa na internet, por meio de blogs e microblogs (Twitter, no caso), a Televisão ainda detém um poder soberano.

Ainda deve ser assim: até há pouco tempo, no Brasil, haviam mais lares com televisão, do que com geladeiras.
A mídia que define o que é discutido no país. O que não passa pela mídia, meio que perde legitimidade, importância.
Melhor exemplo disso, é que apesar de rolarem discussões na net, que fogem à "linha editorial" da grande mídia, ela ainda exerce uma influência impressionante nas demais mídias. Quase como uma extensão, com direito à opinião.

Melhor exemplo é a tag #DezporcentodoPIBja, que surgiu no Twitter durante o programa do Faustão, que entrevistou a Profa. Amanda Gurgel, que levantou a discussão de destinar 10% do PIB para a Educação. A discussão não durou muito mais que o fim do programa, mais tarde, o topo dos Trending Topic do Twitter já era ocupado por #FranjaDaSabrina, em alusão à mudança de penteado da "apresentadora" Sabrina Sato. Relevante, não? Mas tá na mídia!

É papel da escola discutir os meios de comunicação. Ninguém o faz, ninguém regula a mídia. Por isso seria importante a lei de regulamentação dos meios. Nossos problemas na educação não se limitam aos salários dos professores, como também à falta de cursos de formação continuada constantes, falta de infra estrutura, falta de consciência de classes dos professores, falta de pessoas competentes e ligadas à educação gerindo políticas públicas de educação. Já agora, falta a Escola, enquanto formadora, discutir os meios de comunicação. Discutir os meios de comunicação passa por discutir a sociedade e nossas práticas. São faltas demais.

No RN, mais de 90% dos meios de comunicação pertencem a políticos. Agripino, por exemplo, faz campanha quase diariamente na TV Tropical. O Brasil precisa ser repensado como um todo. E para repensar o Brasil, precisamos primeiro repensar nossas práticas pessoais. Em quem votamos é um exemplo. Chegar e despejar 10% do PIB na educação, achando que vai resolver, não adianta muita coisa.

domingo, 15 de maio de 2011

inocência

Mas o legal é quando mesmo depois de alguns anos de clausura, você acorda ao lado da sua amada e se descobre um felizardo
O legal, man, é saber que todos os acidentes de percurso valem a pena quando lhe aproximam ainda mais da pessoa certa
O legal é ir dormir sabendo que ao acordar você poderá mais uma vez contar todas as pintinhas e sinais da pele da sua escolhida, só pra ter certeza
Só pra ter certeza que não esqueceu nada, que nada saiu da sua ordem, o universo e os elementos continuam conspirando a seu favor
E você continua reinando, reinando enquanto dorme!

Mundo Livre S.A.