domingo, 22 de maio de 2011

ah, a mídia...

Apesar da crescente democratização dos meios de comunicação, vista de forma intensa na internet, por meio de blogs e microblogs (Twitter, no caso), a Televisão ainda detém um poder soberano.

Ainda deve ser assim: até há pouco tempo, no Brasil, haviam mais lares com televisão, do que com geladeiras.
A mídia que define o que é discutido no país. O que não passa pela mídia, meio que perde legitimidade, importância.
Melhor exemplo disso, é que apesar de rolarem discussões na net, que fogem à "linha editorial" da grande mídia, ela ainda exerce uma influência impressionante nas demais mídias. Quase como uma extensão, com direito à opinião.

Melhor exemplo é a tag #DezporcentodoPIBja, que surgiu no Twitter durante o programa do Faustão, que entrevistou a Profa. Amanda Gurgel, que levantou a discussão de destinar 10% do PIB para a Educação. A discussão não durou muito mais que o fim do programa, mais tarde, o topo dos Trending Topic do Twitter já era ocupado por #FranjaDaSabrina, em alusão à mudança de penteado da "apresentadora" Sabrina Sato. Relevante, não? Mas tá na mídia!

É papel da escola discutir os meios de comunicação. Ninguém o faz, ninguém regula a mídia. Por isso seria importante a lei de regulamentação dos meios. Nossos problemas na educação não se limitam aos salários dos professores, como também à falta de cursos de formação continuada constantes, falta de infra estrutura, falta de consciência de classes dos professores, falta de pessoas competentes e ligadas à educação gerindo políticas públicas de educação. Já agora, falta a Escola, enquanto formadora, discutir os meios de comunicação. Discutir os meios de comunicação passa por discutir a sociedade e nossas práticas. São faltas demais.

No RN, mais de 90% dos meios de comunicação pertencem a políticos. Agripino, por exemplo, faz campanha quase diariamente na TV Tropical. O Brasil precisa ser repensado como um todo. E para repensar o Brasil, precisamos primeiro repensar nossas práticas pessoais. Em quem votamos é um exemplo. Chegar e despejar 10% do PIB na educação, achando que vai resolver, não adianta muita coisa.

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