É muito engraçado (novamente, humor sádico), o típico brasileiro é um ser paradoxo. posiciona-se contra o aborto, faz até um escarcéu contra os estudos com células tronco, por considerar um ato em prol da vida, mas ignora o seu semelhante, fazendo vistas grossas à quantidade de pessoas que passam fome, jogadas à própria sorte e à péssima distribuição de renda, que faz com que nasçam sem a mínima expectativa de vida. O hipócrita é contra a legalização das drogas, marginaliza quem consome, mas vira às costas em relação ao menor abandonado, à péssima educação pública, que impossibilita uma ascensão social, ao poderio do crime organizado, ao tráfico, que funciona como propulsor social, consequentemente, de status quo. Esquece-se o hipócrita, dos seus vícios, seja seu fanatismo religioso aspirado pelas vias nasais, sua sede alcoólatra por dinheiro ou até a raiva pelo próximo injetado em suas veias. Vou nem comentar sobre o ideal de mulher do brasileiro, a da televisão, da rua e a que se quer ter em casa. Essas contradições me assustam.
citando Lennon novamente: "Eu tenho o maior medo desse negócio de ser normal."
Um comentário:
É foda! Muito boa a sua revolta!
Mas, como diria Nelson Rodrigues: "Se olhar, de perto ninguém é normal"
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