quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Ah, a natureza...

Vejo com estranheza o fato de que o homem moderno está cada vez mais tecnológico, e cada vez menos "natural", na perspectiva de, cada vez mais ele estar próximo às máquinas, e cada vez mais distante da natureza e das relações inter pessoais. Como diria um hippie que conheci há uns anos: "as pessoas não olham mais pro céu, só querem saber de tecnologia", e eu concordo. Tentando romper com esse paradigma, e pelo fato de já ter operado um joelho e ter decidido abandonar esportes de contato, há um tempo atrás decidi aprender a surfar.

Logo após almoçar, meu xegado passou em minha casa para me buscar, e ao chegarmos em sua rua para seguirmos o caminho a pé, mais dois amigos se juntaram a nós. Após alguns breves minutos de caminhada, piadas e causos, ficamos ao pé da mata e entramos. Como de praxe, nos deparamos com o lixo de campanha, do lixo de deputado fábio faria, mas logo em seguida, vimos a mata mais verde que o normal, devido às chuvas de verão. Passados alguns vinte minutos de trilha, saímos ao pé de um morro e fizemos uma pausa para relaxar, contemplando a mata ao sul, e o mar ao norte. Esplêndido.

Descemos o morro, atravessamos a via costeira, e já estávamos diante do menino arredio, o nosso irmão mar. Ao redor, só hotéis para turistas, turistas estes que aproveitam mais deste paraíso do que os nativos da terra. A água estava morna e movimentada, e o esporte rolou acima do esperado. Saímos esgotados, subimos o morro e fizemos mais uma pausa para relaxar e contar piadas. Encerrado o momento, adentramos na mata e conversamos sobre o fracasso que é o sistema carcerário brasileiro, visto que falha miseravelmente no seu papel de reinserção social.

Finalizamos a trilha quando a lua já aparecia por detrás das folhas de bananeira.
Ah, a natureza.

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