quinta-feira, 10 de março de 2011

Fernando Pessoa 13-12-1933

Amo o que vejo porque deixarei
Qualquer dia de o ver.
Amo-o também porque é.
No plácido intervalo em que me sinto,
por amar, mais que ser,
Amo o haver tudo e a mim.
Melhor me não dariam, se voltassem,
Os primitivos deuses,
que, também, nada sabem.

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